quarta-feira, 14 de março de 2012

A comida que me cerca

Minha mãezinha e eu estamos de mudança. Cansa, viu? Até o filhotinho tem reclamado de não aguentar mais ir pra lá e pra cá. Não tenho dormido onde acordo há dias. Mas o cosmos resolveu equilibrar as energias por aqui! Cheguei em casa [a nova casa velha] e recebi, na correspondência um livro que eu queria desde o ano passado: "Machado de Assis: Relíquias Culinárias". Surpresa boa nº1, porque ontem foi um dia que se pode chamar recompensador: Na saída de casa, num portãozinho, vendem uns salgados que nunca me despertaram interesse. Mas, minha mãe teve a feliz ideia de comprar. Bolinho de aipim com carne moída. Carioquíssimo. Delicioso! Surpresa boa nº2.
Mais tarde, enquanto ia fazer um trabalho em Cordeirinho - Maricá, passei por Itaipuaçu e uma placa me despertou curiosidade:
Quando li fermento natural, nem atentei para o erro de português.. rs. Mas então, o pão era delicioso! Como a fornada fresca só sairia meia hora depois, a dona do local me deu um para experimentar. A simpatia dela me ganhou. Já tenho onde comprar pão em Itaipuaçu! Mais uma surpresa boa para somar!
Na volta do trabalho, quase cinco da tarde, a fome era negra. Mas àquela altura nem pensávamos mais em almoço. Resolvemos apostar numa lanchonete de beira de estrada chamada Sta Edwiges. Ganhamos! Atendimento pra fidelizar cliente, como se não bastasse, lanche delicinha! Pastel de carne com Caldo de cana [de verdade!] e pão com linguiça [ai, que linguiciinha!]. Ainda nos ofereceram provas dos queijos que tinham, acabamos trazendo um canastra que estava estupendo! Tudo bom demais! 
1pão com linguiça = 2 :D
Pastel de carne com carne!
 Pra fechar o dia, um picolé de manga e só. Nem me preocupei em jantar, guardei o estômago para o café da manhã [enquanto posto]:
Pão feito com fermento natural + queijo canastra + manteiga + café delicinha do marido [pq eu tenho que confessar que meu café é ruim!].
 Esses são meus sabores. É a comida que me constitui, que me define como pessoa de meu tempo, em meu país, em meu Estado, em minha classe social. Onde quer que eu vá, em qualquer cozinha que eu entre, serei esta pessoa cozinhando a comida que me designarem. Isto é algo do qual não devo, nem posso me esquecer!

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